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tens algo a dizer? A Minha sopa. Olá. Quem sou eu? Sou o cara da sopa. Já nem sei mais se sou um cara normal. Sou, com certeza, um cara comum, mais um. Acho que já não posso ser considerado muito novo, não cozinho mais na primeira fervura, mas também não sou muito velho ainda. Pelo menos pensar isso é agradável. As idéias, as de hoje pelo menos, ainda estão na cabeça. As de ontem não sei onde foram parar. Apesar de ser interessante acreditar que escrevo porque me dá prazer, já penso que escrevo quando me sinto sozinho. Apenas mais uma mídia. Estou em algum lugar, que não vem ao caso e neste momento posso estar, ou não, comendo sopa. Prove e me diga o que pensas. Mas vá com calma que a sopa pode estar quente, ou fria, ou não ser do seu agrado. Seja camarada. E lembre-se, é sopa, só sopa, nada mais. Não estrague o seu dia por causa da sopa. B Um aviso: A resposta é não. C Outras sopas C2 Estágio probatório de sopas
D Sopas passadas 03.2004 04.2004 05.2004 06.2004 07.2004 08.2004 09.2004 10.2004 11.2004 12.2004 01.2005 02.2005 03.2005 04.2005 05.2005 06.2005 07.2005 08.2005 09.2005 10.2005 12.2005 06.2006 06.2007 10.2008 09.2011
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quinta-feira, abril 08, 2004DO DESTINO E OUTRAS COISASEu achava minha primeira chefe muito boa. E ela era. E é até hoje. Um anjo de pessoa. Competente, inteligente, gente, gente mesmo. Eu acreditava em mim, ela acreditava mais do que eu. Meu segundo chefe tinha um sub chefe. Faziam o estilo "good cop, bad cop". O sub chefe se fingia de bonzinho mas era um sacana f.d.p.. O chefe mesmo era o presidente da associação interplanetária dos f.d.p.. Nem se dava ao trabalho de fingir. Péssimos 5 anos. Eu acreditava em mim. Eles acreditavam na minha utilidade e dedicação incondicional. O foda é que só me dei conta de tudo isso, assim conscientemente, depois que sai do convívio deles. Se bem que se fosse foda era bom. Foi uma merda, em verdade. Passou. Meu terceiro chefe, ela, é um anjo também. Meio distante, me deixa bem à vontade mas controla a produtividade. Como não deixo a desejar fico sempre numa boa com ela. Me deixou conhecer outros chefes. Acreditava em mim numa fase em que eu quase não acreditava mais em nada ou ninguém. Me fez caminhar de novo. A quarta era outra santa criatura, chefe que sabe ser dura quando precisa, que aperta os lerdos, faz eles correrem e valoriza os rápidos de raciocínio. Odeia injustiças e não deixa que seus supervisionados sejam explorados. Briga por eles. É uma chefe cão-de-guarda. Fiel e eficiente. Eu já acreditava em mim de novo, ela me dava confiança e fortalecia minha auto-estima. Meu atual chefe parece de brincadeira. Acho que como paguei os pecados naqueles cinco anos, acabei tendo o direito a isso, uma trinca de reis. Brinca, planeja a longo prazo, organiza e supervisiona sem ser uma mala. Uma beleza. Com o primeiro chefe eu trabalhava numa área, com o segundo em outra, parecida, mas outra. Com o terceiro consegui me livrar de amarras que tinha no passado, no segundo chefe. Resolvi mudar de carreira, estava no bagaço, psicológicamente falando. Ela apoiou. Foi decisiva. Deu o empurrão que me faltava. Mais uma injeção de auto-confiança e ligou de novo o botão turbo da minha iniciativa. Me mandou pra fora do país. Explorei novas possibilidades, conheci pessoas novas, conheci outro mundo. Conheci meu atual chefe. Fui contratado e fiquei aqui. Hoje trabalho numa área em que sinceramente, não imaginei trabalhar. O passado, deixou memórias e um bocado de aprendizado. Nenhuma mágoa. O presente, faz-me rir, porque é muito irônico estar onde estou, fazendo o que estou fazendo. E o futuro, só prá plagiar a música, é tão brilhante que preciso de óculos escuros. Pelo menos até a próxima curva. Não me invejem. Acreditem em vocês como eu acredito em mim, mesmo depois de serem atropelados por um rolo compressor! Ou dois.
Esta sopa ficou pronta às 1:58 AM
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