Minha sopa. Olá. Quem sou eu? Sou o cara da sopa. Já nem sei mais se sou um cara normal. Sou, com certeza, um cara comum, mais um. Acho que já não posso ser considerado muito novo, não cozinho mais na primeira fervura, mas também não sou muito velho ainda. Pelo menos pensar isso é agradável. As idéias, as de hoje pelo menos, ainda estão na cabeça. As de ontem não sei onde foram parar. Apesar de ser interessante acreditar que escrevo porque me dá prazer, já penso que escrevo quando me sinto sozinho. Apenas mais uma mídia. Estou em algum lugar, que não vem ao caso e neste momento posso estar, ou não, comendo sopa. Prove e me diga o que pensas. Mas vá com calma que a sopa pode estar quente, ou fria, ou não ser do seu agrado. Seja camarada. E lembre-se, é sopa, só sopa, nada mais. Não estrague o seu dia por causa da sopa.
É hoje, mas devia ser sempre, todo dia, toda hora. Eu não quero essa fumaça na minha cara, no meu nariz, no meu pulmão, no meu sangue. Eu não quero me drogar por tabela. Se for pra ser stupid, que seja por vontade própria. Pelo menos hoje, não fume nem por tabela, não tolere cigarro, fale sobre o vício, exija respeito, conscientize as pessoas. Leia sobre os malefícios do tabaco aqui, aqui e aqui.
Das coisas do sul que mais me deixaram saudades durante os tempos no freezer, a música é uma delas. Nunca fui grande fã de ninguém especificamente, mas sempre gostei muito do povo mais jovem. E nesse ritmo, tinha saudades do rádio daqui (apesar da ótima Jack FM, lá do freezer) e tinha muitas saudades da ipanema. Só ela (e o alemão Vitor Hugo) pra tocar Paisagem Campestre do Nei Lisboa numa terça-feira pela manhã. Bom demais!
(incrível como o cérebro da gente tem um folder só pra essas velharias)
Ele nasceu de uma família de classe média alta, se é que essa classificação ainda existe, e estudou em escolas famosas, mas medíocres, como muitas. Passava as tardes e noites em salas de bate-papo e em blogs e fotologs retardados onde exercitava sua desvirtuação da língua portuguesa. Aprendeu a criar programinhas executáveis viróticos que envia por e-mail para os trouxas que não conseguem olhar para a seguinte página, supostamente enviada por alguma revista de grande porte, e perceber que ela foi escrita por um analfabeto funcional:
"Quarta, 25 de maio de 2005, 18h31
Tornado no interior de SP pode ser de categoria F3
"Assita as imagens imprecionantes"
O tornado que provocou estragos na cidade de Indaiatuba, no interior de São Paulo, pode ser da categoria F3, segundo Mônica Lima, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais. A meteorologista explica que o fenômeno é classificado de F1 (180 km/h) a F5 (510 km/h) de acordo com a intensidade dos ventos. "Pelos estragos que o vendaval provocou, acredito que seja um F2 ou F3", diz a especialista. Segundo ela, o Brasil nunca teve um tornado F3. "O que vimos é realmente surpreendente", observou.
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É a maeor conssentrasao di erro di portuges por métro cuadrados.
Sim, cedo demais. Só pra descobrir que a conexão com a internet não funcionava. Ia ler o jornal, mas não deu certo... Daí resolvi o problema e fui finalmente me interar sobre os acontecimentos do dia.
Entre o caos em São Paulo e na Bolivia, por motivos diferentes, deparei-me com a notícia da volta da Caloi 10. Ri, lembrando que esses dias um colega deixou um bilhete na porta do outro com o famoso 'não esqueça a minha Caloi'. Foi o post it despretencioso mais divertido da sexta-feira passada. A nova-velha Caloi 10, agora com 12 marchas, e não 10, vai custar 900 pilas. E não vai se chamar Caloi 12.
Esse cinza que sobe pelas paredes e se mistura com a paisagem da cidade me lembra Toronto. Mas é o velho conhecido cinza de Porto Alegre. O cinza frio, molhado e aconchegante de uma cidade que espera pelo inverno para poder reclamar dele. Como muitas. Como todas. Como todos.
Desde sempre as mulheres queixam-se de que os caras transam, viram para o lado, e dormem. A queixa em geral vem recheada de adjetivos, como insensível, canalha, egoísta e etc.
Pois foi descoberto, recentemente, por um grupo de cientistas que os homens, após completarem uma relação sexual, sofrem de uma estranha síndrome, que dura cerca de 35 minutos e que explica o fato de não responder-mos aos vossos apelos por uma conversinha amiga depois da transa. Pois observou-se que além do intenso relaxamento ocasionado pela descarga adrenérgica, os indivíduos do sexo masculino, após o coito, apresentam uma severa redução da capacidade auditiva, denominada de hipoacusia. Por esse motivo, a síndrome pós-coital, teve o sintoma adicionado ao seu elenco de manifestações, sendo o mesmo denominado de 'hipoacusia pós-coital', que significa 'reduzida capacidade auditiva após o coito'.
É devido à hipacusia pós-coital que nós homens temos a facilidade de pegar no sono após o ato consumado. O silêncio que nos envolve, em consequência da redução fisiológica de nossa capacidade auditiva facilita a indução de estados de sonolência e justifica o que vem sendo observado há anos.
Resta aos cientistas investigar as causas da hipoacusia pós-coital. Algumas linhas teóricas acreditam que possa ser uma adaptação da espécie, visando a manutenção de uniões estáveis onde apenas um dos parceiros esteja insatisfeito, uma vez que protege o homem, num momento de plena satisfação, das mazelas do universo anorgásmico feminino.
Aguardaremos novas informações a respeito e aceitamos dicas e sugestões.
Chove na tarde nem tão fria de Porto Alegre. O trabalho me come pelos calcanhares. Interessante que nessa vida de epidemiologista-ahn?, as viagenss de trabalho são sempre para o fim do mundo... Em breve irei ao sovaco do Brasil, como acabei apelidando aquilo. Mas é como dizia o Milton: o artista tem que ir aonde o povo está. E portanto: O epidemiologista-ahn? tem que ir aonde a doença está...
Entre as trocentas coisas-não-trabalho a fazer, entram uma visita pós-cirúrgica, um aniversário, um casamento e um jantar nos próximos três dias. Tudo isso.
Sovaco do Brasil, aqui vou eu. Só não sei ainda quando.
ps.: E tem mais uma aula dentro de 50 minutos. Ou menos uma, já que estou preferindo encarar a situação desta forma agora.
ps2: o 'ahn?' depois de epidemiologista é pra já facilitar a vida do leitor, que assim como qualquer pessoa que pergunta a minha profissão, depois de ouvir/ler a resposta, emite um sonoro "ahn?" ou faz cara de "ahn?" ou, se for tímido ou contido, pensa "ahn?"...
E já que estamos usando referências musicais, como dizia Renato Russo em Andrea Doria: "(É que) Eu já me acostumei..."
Casa de Areia foi o filme do final de semana. Fernandas à parte, o filme foi feito por algum motivo obscuro... muito obscuro. Fico aqui pensando qual será a motivação de Andrucha Waddington...
Poderia ter sido feito para mostrar os lençóis maranhenses... muito bonitos... quem sabe, pra algum turista. Mas como explicar o fato de que o que ele mostra sobre a infra-estrutura do lugar não colabora muito com essa idéia... Acho que não foi por isso não.
Poderia ser pra mostrar que ladrão que é ladrão é ladrão... Não é pedreiro, nem construtor, nem engenheiro, e portanto constrói casas como um bom ladrão. Casas sem segurança. E que caem. Casas mal construídas caem. E caem mais durante acessos de raiva. Mmmm...
O filme dá a entender que o Seu Jorge (a única pessoa num raio de dois dias e meio a pé) não era digno da confiança das Fernandas. Vejam bem, o seu Jorge sabia que a casa ia cair, avisou as Fernandas, e as Fernandas não deram bola nenhuma. Então as Fernandas se ralaram. Na verdade foi um pouco pior do que uma ralada... Foi-se o 's' de Fernandas. Sobrou uma, por enquanto.
O filme presta-se também para mostrar que casas, construídas sobre areia, mesmo que bem construídas, na falta da devida manutenção, caem. Ah, e casas quando caem matam pessoas. Seu Jorge avisou.
O filme ensina, além de tudo isso, que cabras vivem de areia, e que se reproduzem, e que berram, e dão leite, e que você pode trocar umas vinte cabras por um jegue. Um jegue que não dá leite, que não vai ter com o que se reproduzir, caso você queira iniciar uma criação de jegues no meio da areia.
O filme serve também para que a gente aprenda, que em terra de muita areia, tem muita areia. E barulho de areia. E areia por todos os lados. Ah! E que os copos que você tem, numa casa com chão de areia, nunca se quebrarão. Nunca.
Dica do blog: Leve os cristais da mamãe para morar nas dunas. Ou encha a sala de jantar de areia. Eles nunca mais quebrarão e ela nunca mais ficará triste.
E apesar de não ter sal no meio daquele areial todo, tem pinga. E que se você for uma mulher que mora no meio da areia, e ficar incomodada com a situação, mas acomodada e não se mandar do lugar onde você está, vai acabar velha, com uma filha promíscua e alcoolista, que aprendeu a fazer abortos sozinha.
E na areia, aquele Seu Jorge, que não era de muita utilidade antes, depois que a casa cai, pode ser a sua salvação. Ou algo do gênero...
E no meio dessa areia toda, o Seu Jorge, quando envelhecer vai virar o Luiz Melodia.
E na areia, a sua filha, quando crescer e virar Fernanda, devolvendo o 's' que tinha se ido casa abaixo (ou embaixo da casa...) vai dar pra todo mundo (sim, porque agora já tinha carro e apareceu um monte de vagabundo pra comer ela).
E por mágica da areia, o velho que ia vender as cabras e trazer o jegue, morreu de tosse no caminho, e ressucitou uns dez anos depois. E veio visitar os copos eternos. E as Fernandas, que estão sempre lá no meio da areia.
Parece confuso? Não é não. No final você entende o que o Andrucha queria com o filme:
Provar que em casa de areia só as Fernandas mães e os copos de vidro verde são eternos.
ps.: No banheiro do cinema, depois do filme, ouvimos a seguinte pérola:
Nosso peixe, o Peixe, está doente. Algum piripaque neurológico ainda indefinido. Achamos que o Peixe vai morrer. A Cin disse que o Peixe vai para o céu. Eu disse que não, que o Peixe vai pro ralo... Daí eu pensei um pouco e concluí que ele poderia ir pro céu se a gente amarrasse ele na perna de uma pomba. Com barbante.
Em consequência das atribulações do mundo moderno - muderrrno - uma série de criações chegaram a todos nós por pura necessidade de adaptação da sociedade. Adaptação porque precisamos de segurança, ou mais francamente, porque estamos cagados de medo dos assaltos, dos roubos, dos tiroteios e dos sequestros.
Entre as funções de seguranças, vigias, cercas elétricas, carros à prova de balas, vidros duplos, triplos, e o escambau, alarmes, gps's, sensores de movimento e câmeras de segurança, que dizem todos estar aí para ajudar, manter todos mais seguros e à salvo da guerra das ruas, uma invenção não me convence nem um pouco quanto à sua utilidade: a desgraça urbana, a maldição do século, a porta rotatória.
A porta rotatória é um estorvo. A porta roda, apita, e tranca. A porta tem um sensor, que detecta desde a chave do carro até a fivela do cinto. Ninguém entra com metal nenhum, vai tudo pra tal caixinha. E daí, o cidadão que anda por aí com guarda chuva, celular, palm, notebook, cabo de rede, cabo de telefone, mini-mouse, bateria extra, carregador do celular, mp3-player, chave do escritório, chave de casa e mais um punhado de moedas, tem que, cada vez que chega num banco, no correio, ou onde quer que tenham inventado de colocar uma porta dessas, esvaziar toda a pasta dentro da micro-caixinha acrílica, sob os olhares esparramados do segurança e das doze pessoas que aguardam para entrar, atrás de você.
Eu já chego avisando ao segurança que quero que ele fique ali do lado da caixinha, enquanto eu entro pela porta rotatória, e que ele garanta que todos os meus pertences serão mantidos em segurança na caixinha acrílica enquanto eu passo pela tal porta.
Mais da metade dos seguranças se entedia com a função de esvaziar todos os conteúdos metálicos da pasta e acaba deixando que eu passe sem precisar colocar tudo aali dentro. Mas e daí eu pergunto: qual a segurança que este dispositivo acaba dando, se basta você carregar um mundo de quinquilharias metálicas para que o cara abra a porta mesmo que ela continue apitando...?
1. Uma aluna te chama de 'meu filho'; 2. Outra, te mostra o dedo do meio, sorrindo; 3. Uma aluna se recusa a ir ao quadro, porque o tempo é muito exíguo para que ela explique o conceito aos colegas. 4. Um aluno te explica que 'ementa', em uma lei, é na verdade um erro de digitação da palavra 'emenda', que é nada mais nada menos que um conserto. Com 'Esse'; 5. Aparece do nada uma aluna desconhecida que nunca veio à aula, erra o exercício, diz que não entendeu nada e sai da sala furiosa, reclamando da sua didática. 6. Você tem 39 alunos matriculados na disciplina. Você propõe um exercício em grupo no qual pretende dividir a classe em seis grupos. Para cumprir seu objetivo, você precisa formar cinco grupos de dois alunos, e assumir a sexta tarefa pessoalmente por falta de quórum...
Acabaram de sair daqui os três caras que vieram consertar o vazamento de gás. Isso mesmo, você leu direito... três. Depois de quatro visitas, e cinco opiniões diferentes, eles trocaram a válvula e o problema foi resolvido. Três caras para a tarefa final de trocar a válvula. Um que mandava. Um que fazia, e um que era o office-boy do conserot de gás e que saiu pra buscar a válvula (sim, eles vêm consertar um vazamento de gás e mesmo que você tenha avisado que o problema ou é na mangueira, ou na válvula, eles não trazem nem uma nem outra... tem que sair pra comprar.)
Mas parece que o vazamento foi resolvido. Ou não. Na verdade eu não sei.
Agora eu, que sou um cara extremamente objetivo, preciso juntar toda a paciência do universo e proximidades para encarar uma reunião com burocratas de plantão em traje de segunda feira. Mazelas da vida de um cara que era idealista, e desistiu (ou achou que tinha desistido), e acabou caindo justo no lugar onde pode, quem sabe, dar vazão aos seus ideiais visando uma sociedade mais correta. Vamos encarar, então.
Comprar uma caixa de ovos que vem com uma foto, colorida, bucólica e com legenda, das galinhas que os puseram é, no mínimo, engraçado. Lia-se abaixo da fotinho, a poética frase: "Aves, que fazem a postura em ninhos do aviário, livres no campo." Que lindo! Grandes expectativas.
Só me falta achar lá dentro uma daquelas gemas desmaiadas...
Sonhei que eu tinha roubado, sem querer, o jornal da porta do vizinho... Quando me dei conta, já com o jornal dentro de casa, fiquei com vergonha de devolver e ser pego e acabei botando fogo no jornal, a prova do crime, sem lê-lo... Sintomático. Preciso assinar algum jornal, urgente. Estou me sentindo um poço de desinformação vestido de gente.
Falando em jornal, voces lembram do Correio do Crepúsculo?
Porto Alegre agora tem um supermercado que funciona 24 horas por dia com tudo do bom e do melhor que voce possa precisar. O novo/recauchutado Nacional é lindo, moderno, e cheio de produtos de qualidade. E o melhor é que funciona 24 horas por dia. Todos os dias. Opa! Todos os dias, menos em feriados. Hoje por exemplo, dia do trabalho, a birosca estava fechada. Simplesmente ridiculo, imbecil, incongruente e patético.
Quando a gente acha que Porto Alegre está evoluindo, dá de cara com uma decisão patética dessas.