|
tens algo a dizer? A Minha sopa. Olá. Quem sou eu? Sou o cara da sopa. Já nem sei mais se sou um cara normal. Sou, com certeza, um cara comum, mais um. Acho que já não posso ser considerado muito novo, não cozinho mais na primeira fervura, mas também não sou muito velho ainda. Pelo menos pensar isso é agradável. As idéias, as de hoje pelo menos, ainda estão na cabeça. As de ontem não sei onde foram parar. Apesar de ser interessante acreditar que escrevo porque me dá prazer, já penso que escrevo quando me sinto sozinho. Apenas mais uma mídia. Estou em algum lugar, que não vem ao caso e neste momento posso estar, ou não, comendo sopa. Prove e me diga o que pensas. Mas vá com calma que a sopa pode estar quente, ou fria, ou não ser do seu agrado. Seja camarada. E lembre-se, é sopa, só sopa, nada mais. Não estrague o seu dia por causa da sopa. B Um aviso: A resposta é não. C Outras sopas C2 Estágio probatório de sopas
D Sopas passadas 03.2004 04.2004 05.2004 06.2004 07.2004 08.2004 09.2004 10.2004 11.2004 12.2004 01.2005 02.2005 03.2005 04.2005 05.2005 06.2005 07.2005 08.2005 09.2005 10.2005 12.2005 06.2006 06.2007 10.2008 09.2011
E Livestrong |
segunda-feira, maio 16, 2005COMENDO AREIACasa de Areia foi o filme do final de semana. Fernandas à parte, o filme foi feito por algum motivo obscuro... muito obscuro. Fico aqui pensando qual será a motivação de Andrucha Waddington... Poderia ter sido feito para mostrar os lençóis maranhenses... muito bonitos... quem sabe, pra algum turista. Mas como explicar o fato de que o que ele mostra sobre a infra-estrutura do lugar não colabora muito com essa idéia... Acho que não foi por isso não. Poderia ser pra mostrar que ladrão que é ladrão é ladrão... Não é pedreiro, nem construtor, nem engenheiro, e portanto constrói casas como um bom ladrão. Casas sem segurança. E que caem. Casas mal construídas caem. E caem mais durante acessos de raiva. Mmmm... O filme dá a entender que o Seu Jorge (a única pessoa num raio de dois dias e meio a pé) não era digno da confiança das Fernandas. Vejam bem, o seu Jorge sabia que a casa ia cair, avisou as Fernandas, e as Fernandas não deram bola nenhuma. Então as Fernandas se ralaram. Na verdade foi um pouco pior do que uma ralada... Foi-se o 's' de Fernandas. Sobrou uma, por enquanto. O filme presta-se também para mostrar que casas, construídas sobre areia, mesmo que bem construídas, na falta da devida manutenção, caem. Ah, e casas quando caem matam pessoas. Seu Jorge avisou. O filme ensina, além de tudo isso, que cabras vivem de areia, e que se reproduzem, e que berram, e dão leite, e que você pode trocar umas vinte cabras por um jegue. Um jegue que não dá leite, que não vai ter com o que se reproduzir, caso você queira iniciar uma criação de jegues no meio da areia. O filme serve também para que a gente aprenda, que em terra de muita areia, tem muita areia. E barulho de areia. E areia por todos os lados. Ah! E que os copos que você tem, numa casa com chão de areia, nunca se quebrarão. Nunca. Dica do blog: Leve os cristais da mamãe para morar nas dunas. Ou encha a sala de jantar de areia. Eles nunca mais quebrarão e ela nunca mais ficará triste. E apesar de não ter sal no meio daquele areial todo, tem pinga. E que se você for uma mulher que mora no meio da areia, e ficar incomodada com a situação, mas acomodada e não se mandar do lugar onde você está, vai acabar velha, com uma filha promíscua e alcoolista, que aprendeu a fazer abortos sozinha. E na areia, aquele Seu Jorge, que não era de muita utilidade antes, depois que a casa cai, pode ser a sua salvação. Ou algo do gênero... E no meio dessa areia toda, o Seu Jorge, quando envelhecer vai virar o Luiz Melodia. E na areia, a sua filha, quando crescer e virar Fernanda, devolvendo o 's' que tinha se ido casa abaixo (ou embaixo da casa...) vai dar pra todo mundo (sim, porque agora já tinha carro e apareceu um monte de vagabundo pra comer ela). E por mágica da areia, o velho que ia vender as cabras e trazer o jegue, morreu de tosse no caminho, e ressucitou uns dez anos depois. E veio visitar os copos eternos. E as Fernandas, que estão sempre lá no meio da areia. Parece confuso? Não é não. No final você entende o que o Andrucha queria com o filme: Provar que em casa de areia só as Fernandas mães e os copos de vidro verde são eternos. ps.: No banheiro do cinema, depois do filme, ouvimos a seguinte pérola: 'Mas eu achei que ela tinha morrido...' ELA QUEM MANÉ???!
Esta sopa ficou pronta às 11:43 AM
![]() ![]() ![]() ![]() This work is licensed under a Creative Commons License.
|