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tens algo a dizer? A Minha sopa. Olá. Quem sou eu? Sou o cara da sopa. Já nem sei mais se sou um cara normal. Sou, com certeza, um cara comum, mais um. Acho que já não posso ser considerado muito novo, não cozinho mais na primeira fervura, mas também não sou muito velho ainda. Pelo menos pensar isso é agradável. As idéias, as de hoje pelo menos, ainda estão na cabeça. As de ontem não sei onde foram parar. Apesar de ser interessante acreditar que escrevo porque me dá prazer, já penso que escrevo quando me sinto sozinho. Apenas mais uma mídia. Estou em algum lugar, que não vem ao caso e neste momento posso estar, ou não, comendo sopa. Prove e me diga o que pensas. Mas vá com calma que a sopa pode estar quente, ou fria, ou não ser do seu agrado. Seja camarada. E lembre-se, é sopa, só sopa, nada mais. Não estrague o seu dia por causa da sopa. B Um aviso: A resposta é não. C Outras sopas C2 Estágio probatório de sopas
D Sopas passadas 03.2004 04.2004 05.2004 06.2004 07.2004 08.2004 09.2004 10.2004 11.2004 12.2004 01.2005 02.2005 03.2005 04.2005 05.2005 06.2005 07.2005 08.2005 09.2005 10.2005 12.2005 06.2006 06.2007 10.2008 09.2011
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domingo, maio 09, 2004MEIA DE FESTA E UMA COLHERINHA DE SOPA
Esse hábito de não se usar sapatos dentro de casa, por essas bandas, é o fim da picada em certas ocasiões. Muito higiênico, concordo, na maioria das vezes. Mas numa festa, você chega, e é recebido por uma sapataria no hall de entrada, daí, sob praticamente uma coação calçadista, você tira o sapato, e apresenta ao povo seu belo par de meias azuis com dedos e calcanhar cor-de-laranja. Escolhidas a dedo (ui) para a ocasião. Daí passeia pela festa e vê aquelas moças, rebaixadas, porque mulher bem vestida e sem salto - nem sapato nenhum - fica praticamente como um carro sem molas, meio arreado prá trás, quase caindo de costas. Sem falar que o acabamento de uma meia calça ali na região dos pés é obra do demo... Transforma os pezinhos em pequenos meliantes, assaltantes de banco encapusados. Um horror.Em seguida chega ele: o fulano que ignora a sapataria e seus brados de 'tira, tira!!!' e segue seu rumo, adentrando o recinto calçado. A visão derradeira do fulano que não tirou os sapatos te faz pensar porque foi que você tirou os seus, porque ele não tirou os dele e o quão contaminado acaba de ficar o chão que você achava higiênico a menos de cinco minutos. Você se transforma num revoltado e começa a comentar com os outros participantes: "viu o fulano ali, de sapatos... que falta de bom senso..." seu amigo concorda e olha para as suas meias, e os dedos cor-de-laranja, pergunta onde você comprou, mudando de assunto... você responde no mesmo momento em que se dá conta do quão bizarra para uma ocasião social aquela conversa é. E pensa que no Brasil, isso nunca seria assunto de festa. Pelo menos não antes das quatro da manhã. Olha para os seus dedos cor-de-laranja que se movimentam alegremente dentro da meia. Sorri feliz, bebe mais um copo de margarita e esquece do maldito transgressor. Até o momento em que ele pisa no seu dedo mindinho... colherinha de sopa isso é o que eu chamo de senso de oportunidade.
Esta sopa ficou pronta às 12:28 AM
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